Vaginismo é a dor na relação sexual no momento da penetração, ainda que a mulher sinta o desejo. O vaginismo é pouco conhecido e atrapalha muito a vida sexual das mulheres. A boa notícia é que o vaginismo é tratável com grande chance de sucesso.
Pode surgir desde o início da vida sexual ou depois. O vaginismo é uma contração involuntária dos músculos ao redor do orifício da vagina, mesmo na colocação de um absorvente interno, por exemplo. Causa dor e pode impossibilitar a relação sexual.
Vaginismo não é doença e também não tem nada a ver com frigidez. As mulheres sentem excitação e tem lubrificação vaginal. Chegam ao orgasmo normalmente desde que seja sem a penetração, nestes casos, é comum a masturbação. A masturbação é um momento de autoconhecimento e faz parte do desenvolvimento da sexualidade da mulher.
De 5 a 17% da população feminina pode sofrer deste distúrbio. Geralmente não tem uma causa física associada e pode estar relacionada a alguma experiência traumática na vida da mulher.
Como ainda hoje falar sobre sexo é um tabu, muitas não chegam a investigar o problema e acabam não buscando o tratamento, gerando constrangimento, insegurança e frustração, o que acaba muitas vezes afastando o parceiro. Sentimentos de culpa, medo da dor e rejeição é comum. Menos de 30% das mulheres consultam devido ao vaginismo porque sentem-se envergonhadas.
Podemos dividir o vaginismo em primário, que ocorre no início da vida sexual onde ela nunca conseguiu ter uma relação com penetração e secundário, quando ocorre tardiamente, após um período de relações normais até que algum trauma acabou ocasionando o vaginismo.
As causas do vaginismo não são bem definidas, pois são multifatoriais e é impossível focar somente nas causas fisiológicas ou psicológicas. É diferente para cada pessoa o desenvolvimento da sexualidade, de como ela é presenciada e entendida.
A atitude e a personalidade da mulher dependem de como lhe foi passada a educação sexual. A resposta sexual feminina está ligada a alguns fatores que envolvem tabus, educação muito rígida, religião e falta de conhecimento, ou seja, existe muito da questão cultural em relação ao prazer sexual. Há também as que passaram por traumas e abusos.
Sexo com dor não é frescura de mulher! Há mulheres casadas que sofrem com o problema há anos. O parceiro deve dar apoio à mulher para que ela busque a cura. Muitos casais acabam buscando alternativas para ter prazer na relação, mas este caminho não ajudará a mulher a sentir-se bem consigo mesma.
O diagnóstico do vaginismo é feito principalmente pelo histórico do paciente e exame clínico.
Os sintomas mais comuns de vaginismo são:
É preciso dar apoio emocional e fazer uma boa orientação sobre o seu próprio corpo, tanto do ponto de vista anatômico como psicológico. A fisioterapia pélvica tem grande importância no tratamento, realizando exercícios de conscientização e coordenação motora da musculatura do assoalho pélvico, massagem perineal, exercícios de inserção ou de dilatação e técnicas de eliminação da dor.
Para um melhor resultado do tratamento, é importante o acompanhamento de um psicólogo que vai buscar entender o foco da dor e assim desvendará a origem do problema emocional. Na maioria das vezes a mulher nem desconfia que exista algum motivo.
O vaginismo deve ser tratado em conjunto, pois pode levar a desarmonia do casal e a ter problemas para engravidar.
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