Alguma vez você já sentiu uma vontade súbita de fazer xixi e as vezes não deu tempo de chegar até o banheiro? Ou já acabou se molhando quando tossiu ou espirrou? Isso pode estar acontecendo devido a um problema bem comum, frequente entre as mulheres... A incontinência urinária, pode acontecer em todas as idades!
A incontinência urinaria é definida como qualquer perda de urina involuntária, e o grande transtorno é o impacto que ela causa na qualidade de vida das pessoas, sendo muitas vezes constrangedor, levando a depressão e isolamento social, pois a pessoa não consegue afastar-se por muito tempo do banheiro. Isto acaba comprometendo o seu bem-estar físico, emocional e psicológico.
Em torno de 8 milhões de brasileiros apresentam incontinência urinária e estima-se que entre os idosos que vivem em casas de repouso, pelo menos 50% apresentam incontinência urinária. Embora a incontinência seja comum entre os idosos, não é uma parte normal do envelhecimento.
A uretra é o canal que leva a urina da bexiga para fora do organismo. Quando o controle sobre a urina que sai da uretra fica comprometido, caracteriza-se a incontinência urinária. Nesse caso, o estoque e o esvaziamento da urina da bexiga não funcionam de maneira coordenada, em virtude do mau funcionamento dos nervos e músculos da bexiga ou uretra.
Mulheres são mais predispostas do que homens, podendo acometer até 50% delas em alguma fase da vida. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas anatômicas no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.
Dentre as causas, algumas são transitórias e facilmente tratáveis, como infecções urinárias e vaginais, efeitos colaterais de medicamentos e constipação intestinal, mas outras, podem ser duradouras ou permanentes. A gravidade varia e a incontinência classifica-se pelos sintomas ou pelas circunstâncias que ocorrem no momento da perda de urina.
Idade
A probabilidade de ter incontinência aumenta com a idade.
Sexo
Duas vezes mais comum em mulheres que em homens.
Raça
Mulheres brancas são mais propensas a ter incontinência urinária de esforço em comparação com mulheres afro-americanas e asiáticas.
Obesidade
O peso extra aumenta a pressão sobre a bexiga e os músculos ao redor, o que os enfraquece.
Outras doenças
Doenças neurológicas ou diabetes podem aumentar o risco de incontinência.
O levantamento da história dos pacientes é muito importante para o diagnóstico. A elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as características e frequência da perda urinária é bastante utilizado para definir o tipo de incontinência. Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico realizado pelo médico especialista, que é pouco invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço.
Vários mecanismos podem levar à incontinência urinária. Frequentemente, mais de um mecanismo está presente.
Infecções urinárias ou vaginais.
Efeitos colaterais de medicamentos.
Constipação intestinal.
Fraqueza de alguns músculos pélvicos.
Obstrução da uretra pelo aumento da próstata.
Doenças que afetam os nervos ou músculos.
Alguns tipos de cirurgia ginecológica e outras.
Aumento de peso
Gravidez
Escape de urina, habitualmente em pequenos jatos, causado pelo aumento da pressão abdominal, ou ao fazer algo que põe a bexiga sob pressão ou estresse.
-Especialmente quando o indivíduo tosse, ri, faz força, espirra ou levanta um objeto pesado, subir escadas, fazer atividades físicas, mudar de posição.
Incapacidade de postergar a micção por mais que alguns minutos após sentir a necessidade de urinar.
A incontinência de urgência é um desejo de urinar que é tão forte que você não consegue chegar ao banheiro a tempo. Isso pode acontecer mesmo quando você tem apenas uma pequena quantidade de urina na bexiga.
Combinação de mais de um tipo de incontinência.
Os sintomas de incontinência urinária podem se misturar, criando a incontinência mista.
Acúmulo de urina na bexiga que se torna muito grande para que o esfíncter urinário consiga reter. A urina escapa intermitentemente, frequentemente sem sensação da bexiga cheia.
-Vazamento de uma pequena quantidade de urina;
-Jato urinário fraco;
-Necessidade de se esforçar ao urinar e uma sensação de que a bexiga não está vazia;
-Uma necessidade urgente de urinar muitas vezes durante a noite;
-Vazamento de urina durante o sono.
Ocorre quando uma pessoa reconhece a necessidade de urinar, mas está impossibilitada de ir ao banheiro devido a alguma doença ou complicação que a impede de chegar ao banheiro por conta própria.
A deficiência física ou intelectual o impede a pessoa de ir até o banheiro urinar a tempo.
Tudo depende gravidade e da causa do tipo de incontinência urinária você tem. Os tratamentos costumam combinar e os menos invasivos são as técnicas comportamentais e exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico, como:
São exercícios para fortalecer os músculos que ajudam a controlar a micção, que são feitos sob a orientação do fisioterapeuta.
A fisioterapia pélvica é considerada o tratamento padrão ouro para todo paciente com incontinência urinária, devendo ser a primeira opção para estes pacientes.
Com as técnicas comportamentais, você pode treinar sua bexiga para desacelerar a micção depois que você tem o desejo de fazer xixi. O objetivo é aumentar o tempo entre as idas ao banheiro.
Perca peso
- Carregar excesso de gordura na região abdominal coloca pressão adicional na bexiga e aumenta o esforço dos músculos da pelve.
Não fume
- Evitar fumar para reduzir a tosse e a irritação da bexiga.
Alivie-se antes de sair
- Esvazie bem a bexiga. Tente esvaziar sua bexiga antes de viagens de uma hora ou mais, mesmo que não esteja sentindo vontade de ir ao banheiro.
Bebidas e alimentos que irritam a bexiga
- Evitar consumir bebidas com cafeína, bebidas com gás, chás, frutas e sucos cítricos. Refrigerantes e bebidas alcoólicas também devem ser evitadas.
- Tente reduzir a ingestão de alimentos com temperos fortes, picantes e comidas muito temperadas, comidas com tomate e açúcares. Para regular o intestino, coma alimentos ricos em fibras para evitar a prisão de ventre e assim diminuir a pressão sobre o abdômen.
Mantenha-se hidratado
- Ao invés de beber menos água, beba regularmente. Ingerir líquidos em horários determinados durante o dia vai impedir que sua bexiga fique cheia demais ou vazia, e a irritação acontece justamente quando os níveis de fluido estão altos ou baixos demais.
Procure ajuda profissional
- Ao sentir os sintomas de incontinência procure um médico especializado para tratar o seu problema. Fisioterapia pélvica e exercícios recomendados por profissional especializado traz bons resultados.
Evite a obesidade e o sedentarismo, controle o ganho de peso durante a gestação e pratique exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico.