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Fisioterapia Pélvica

Atualizado em 16 de Outubro de 2023

A fisioterapia pélvica é a área da fisioterapia que trabalha com a prevenção e reabilitação de disfunções relacionadas ao assoalho pélvico.

O assoalho pélvico ou períneo, é uma estrutura complexa, localizada na pelve, entre os ossos púbis e cóccix. É caracterizado por um conjunto de músculos, fáscias e ligamentos e tem a função de suportar os órgãos pélvicos (bexiga, útero, reto, uretra e intestino) em suas posições anatômicas, funcionando como uma rede de sustentação desses órgãos.

Durante a gravidez, os músculos do assoalho pélvico sofrem uma maior pressão, porque sustentam, além dos órgãos pélvicos, o bebê e os anexos embrionários. Assim como qualquer outro grupo muscular do corpo, o assoalho pélvico pode e deve ser fortalecido para que possa desempenhar sua função de forma eficiente.

Na gestação, o assoalho pélvico bem fortalecido oferece um maior apoio ao útero, reduz a pressão sobre a bexiga e melhora as dores lombares, que são comuns em gestantes, além de permitir melhor recuperação no pós-parto.

A fisioterapia pélvica é realizada através de exercícios específicos com o objetivo de melhorar a propriocepção (capacidade de perceber a contração e coordenação motora), reeducar e fortalecer essa musculatura. Esses exercícios são chamados de exercícios de Kegel, que são baseados na contração e no relaxamento adequado da musculatura perineal. Dependendo do caso são realizados com a utilização de cones vaginais.

A duração do tratamento depende da disfunção que a paciente apresenta, bem como da sua resposta fisiológica e evolução. Com a evolução da terapia, podem-se acrescentar exercícios domiciliares e mudanças comportamentais, para dar continuidade ao tratamento mesmo após a alta fisioterapêutica.

Indicações

  • Gestantes (preparação para o parto e prevenção de complicações, independente se for cesárea ou parto normal).
  • Pós-parto.
  • Incontinência urinária de esforço, de urgência ou mista.
  • Incontinência fecal.
  • Hiperatividade vesical (vontade constante de ir ao banheiro mesmo com pouca urina).
  • Prolapsos (descida de órgãos pélvicos).
  • Pré e pós-operatório de cirurgias pélvicas.
  • Vaginismo (contração involuntária dos músculos da vagina).
  • Dispareunia (desconforto ou dor durante o ato sexual).
  • Aumento do prazer sexual.

Benefícios

  • Melhora da qualidade de vida.
  • Bem-estar físico e psicológico.
  • Melhora da auto-estima.

Dicas

  • A fisioterapia pélvica também pode ser realizada de forma preventiva, mesmo sem apresentar qualquer disfunção.
  • Pode ser realizada por mulheres de diferentes faixas etárias e por mulheres que ainda não tiveram relações sexuais.

Atendimento

Inicialmente é feita uma avaliação através de um questionário e avaliação física da região do assoalho pélvico.

Após identificadas as disfunções e possíveis causas, é traçado o plano terapêutico, definindo a frequência semanal e o tipo de tratamento (com ou sem cones vaginais).

Na primeira sessão, são realizados exercícios de percepção e contração do períneo, para que a paciente aprenda a contrair essa musculatura de forma eficiente.

Na sequência é feito o agendamento e as próximas sessões são compostas por 50 minutos de exercícios específicos, de acordo com o objetivo proposto.

Não podemos afirmar quantas sessões precisarão ser feitas para se obter o resultado final, pois a evolução do tratamento depende de cada caso e de cada pessoa. Ao final do tratamento, antes da alta fisioterapêutica, a paciente é reavaliada para certificar que está apta a dar continuidade ao tratamento em seu domicílio, sem precisar ter acompanhamento na clínica.

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