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Dicas de saúde

Aplicações da Fisioterapia pélvica

Atualizado em 21 de Junho de 2021

A Fisioterapia Pélvica é a área da fisioterapia que trabalha com a prevenção e reabilitação de disfunções relacionadas ao assoalho pélvico. Atua no tratamento dos distúrbios perineais, contribuindo para evitar ou postergar os processos cirúrgicos.

Assim como qualquer outro grupo muscular do corpo humano, os músculos do assoalho pélvico podem e devem ser trabalhados, ou seja, devem ser fortalecidos. É uma estrutura complexa, formada por músculos, ligamentos e fáscias. Localiza-se na pelve, entre o osso púbis e cóccix. Tem as funções de suportar os órgãos pélvicos (bexiga, útero e reto) em suas posições anatômicas, funcionando como uma rede de sustentação desses órgãos. Também tem um papel primordial na função sexual, mantém a continência urinária e fecal, além de parte da função obstétrica.

Durante a gravidez, os músculos do assoalho pélvico sofrem uma maior pressão, porque sustentam, além dos órgãos pélvicos, o bebê, e os anexos embrionários. O assoalho pélvico bem fortalecido oferece um apoio maior ao útero, reduz a pressão sobre a bexiga e melhora as dores lombares, que são comuns em gestantes, além de permitir uma recuperação maior e muito mais rápida após o parto, bem como previne as lacerações da parede vaginal que podem ocorrer no parto normal. A fisioterapia pélvica contribui para que a mulher possa assimilar as modificações pelas quais passa o seu corpo e tenha uma recuperação satisfatória.

  • As disfunções do assoalho pélvico podem levar a diversos sintomas, como:
  • Incontinência urinária de esforço: Perda de urina quando tosse, espirra, pula e durante a risada;
  • Hiperatividade vesical: Vontade constante de ir ao banheiro mesmo com pouca urina;
  • Incontinência urinária de urgência: Quando perde urina antes mesmo de conseguir chegar ao banheiro;
  • Prolapsos genitais: Consiste na descida de órgãos pélvicos, como por exemplo, a bexiga;
  • Incontinência urinária pós prostatectomia radical (retirada da próstata);
  • Incontinência fecal e de flatos: Perda de fezes e gases;
  • Disfunções anorretais: doenças do intestino grosso (também conhecido como cólon), reto e ânus;
  • Constipação ou prisão de ventre: Dificuldade de defecar;
  • Disfunções sexuais feminina e masculina como dor, disfunção erétil, problema de desejo, excitação, orgasmo, etc.

Com o passar da idade, somada as transformações metabólicas que o corpo apresenta, associadas ao desconhecimento e ao desconforto de se conversar sobre esse assunto, geram comprometimentos devastadores à qualidade de vida das pessoas. Sentimentos como vergonha, ansiedade, frustração, depressão e medo, geralmente estão associados, levando seus portadores a um permanente estado de angústia e a um progressivo isolamento social, o que acaba impedindo o bem-estar físico e psicológico. Portanto, se faz necessário o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, com o objetivo de conferir e proporcionar uma melhor qualidade de vida e da auto-estima.

O tratamento fisioterapêutico é baseado em técnicas e recursos específicos, como cinesioterapia, eletroestimulação muscular, biofeedback, terapia comportamental, entre outros. Com a evolução da terapia, podem-se acrescentar exercícios perineais em ambiente clínico até a criação de total consciência para realizar exercícios domiciliares, mudanças comportamentais e correções posturais.

A fisioterapia pélvica também pode ser utilizada de forma preventiva, sendo o ideal é que a população fosse orientada a realizar os exercícios para o períneo, mesmo sem apresentar qualquer disfunção. Neste caso, a avaliação de um fisioterapeuta pélvico para direcionar os exercícios de forma correta, fará diferença no sucesso clínico. Quem já fez algumas sessões garante que o tratamento é bastante simples e pode render excelentes resultados.

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